Epitáfios e esoterismos: como cheguei à “VIP”
Décimo-quarto capítulo da autobiografia não-autorizada "O melhor emprego do mundo"
Resumo do capítulo anterior: um espectro assustador ronda a Europa: as “lad mags”, uma revolução editorial encampada no Brasil pela “VIP”.
Eu queria trabalhar na “VIP”, então precisava mandar algum sinal de fumaça para a editora Abril. Revirei a edição da Elizabeth Hurley inteira em busca de algum conhecido ou, pelo menos, o conhecido de um conhecido.
Encontrei. O redator-chefe era o José Ruy Gandra, que eu conhecera virtualmente por causa de “Aqui Jaz – O Livro dos Epitáfios”, escrito em parceria com o Castelo.
“Aqui Jaz - O livro dos epitáfios”
Em 1996, o publicitário e humorista Carlos Castelo me procurou com uma ideia das mais sombrias: um livro de epitáfios para que o pobre defunto não precisasse se preocupar com isso depois de morto.
Morrer já é muito chato e ninguém precisa de mais dissabores nessa hora trágica. Com o epitáfio pronto, é só deitar e dormir. O livro já tinha até editora. A Ática, especializada em didáticos e paradidáticos, estava ampliando seu campo de atuação graças ao empenho e entusiasmo do editor Nelson dos Reis, que tinha adorado o projeto de “Aqui Jaz”. Só havia um problema: não tinha livro. Ele ainda precisava ser escrito.
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