Jornalismo, gastronomia feminista e o Abominável Culto ao Grande e Terrível Cthulhu
Mais alguns trechos dos "Diários do Aran", registro pormenorizado e detalhista da vida real de um homem comum num país incomum
Sábado, 17 de agosto
Jornal é coisa das mais interessantes. Consiste numa publicação impressa que é vendida em bancas ou entregue na sua casa durante a madrugada. Tem notícias, artigos, fotografias e infográficos. Só que ninguém mais compra e sabe por quê? Faltam crônicas.
Sim, crônicas, como aquelas de antigamente. O sabiá na janela. O homem que nada rumo às Cagarras. As moças que andam de bonde. As guerras de confete.
E palavras-cruzadas. Cidade da Caldéia com duas letras. Rei da Babilônia, lendário construtor da Torre de Babel. Crônica e palavras-cruzadas. É disso que a mídia precisa para vencer esses tempos sombrios.
Ah, horóscopo também. E receita. Receita sempre funciona. E fofoca. Quem tá comendo quem, esses troços.
Pronto, salvei a mídia. Próximo tópico: aquecimento global.
Continue a leitura com um teste grátis de 7 dias
Assine Newsletter do ARAN para continuar lendo esta publicação e obtenha 7 dias de acesso gratuito aos arquivos completos de publicações.