A um passo da libertinagem
Trigésimo-primeiro capítulo da autobiografia não-autorizada "O melhor emprego do mundo"
Resumo do capítulo anterior: Diz a lenda que, antes das águas levarem tudo,“Playboy” foi uma Atlântida do jornalismo.
Quando cheguei na “Playboy”, em 2006, o acervo fotográfico ficava na própria redação, assim como os contratos das estrelas e modelos. Trinta anos de história em arquivos de metal. Por conta disso, o acesso à redação só era permitido a quem tinha um crachá especial. “Sexy” era uma revista pequena feita numa editora pequena. “Playboy” era um iate, uma Ferrari. O motor precisava de alguns ajustes, é fato, mas aquilo era um veículo de luxo.
O responsável pela minha volta à Abril foi o Jairo Mendes Leal, que na época era Diretor-Geral da divisão de revistas e esposo da Roberta Civita, filha do doutor Roberto. Três anos depois ele viraria o presidente-executivo, cargo que ocuparia até 2013. Em 2006, Maurizio Mauro ainda era o manda-chuva, mas seu poder declinava. O diretor da Unidade de Negócios onde “Playboy” estava era Luis Felipe D’Ávila, o mesmo que havia me defenestrado da “V.I.P.” dois anos antes. Ele deixaria a editora no fim de 2006 para se lançar em uma fulgurante carreira política.
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