Duas polegadas a mais
Oitavo sensacional capítulo da autobiografia "O melhor emprego do mundo"
Resumo do capítulo anterior: o Brasil pós-ditadura é criativo e iconoclasta, mas a gente continua falido e mal pago.
Um dia, cansado de responder as cartas das “menudetes”, fui conversar com Paulo Stein, o diretor de redação da “Contigo!’. Homônimo do narrador esportivo, Paulo era prestativo e gentil, então eu caprichei no meu texto.
“Estou me sentindo um outsider nessa redação, só respondendo as cartas. Queria fazer mais... reportar, escrever... sei lá, mil coisas… ”
Então ele me fez uma proposta. A revista tinha um paparazzo, o Luizinho Coruja, que saía toda noite para cobrir la dolce vita dos ricos e famosos de São Paulo. Não existiam Instagram nem Tik Tok e o único jeito de ver celebridades era nas revistas.
O Coruja, claro, estava preocupado em conseguir o melhor ângulo do jovem casal que saía junto do motel e não em entrevistá-lo. “Espera aí, mas vocês dois não são casados... com outras duas pessoas?”
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