Porque virei editor de revista masculina
Terceiro capítulo da autobiografia não-autorizada “O melhor emprego do mundo”
Resumo do capítulo anterior: no início dos tempos, a “Sexy” traz apenas entrevistas apimentadas com o jet set. Mas as famosas vão embora a jato e a publicação se reinventa.
Entrei na “Sexy” no final dos anos 90, quando a revista já tinha abandonado as entrevistas eróticas com celebridades. Dali iria para a “V.I.P.” e, depois, “Playboy”. Poucos jornalistas brasileiros podem se orgulhar de terem trabalhado nas três maiores revistas masculinas do país.
Sorte deles.
Assim eles não precisam fugir dos aldeões com tochas e ancinhos. “Protejam a vila em nome do Edir Macedo e da Betty Friedan!”
Mas antes de seguir com a história da “Sexy”, tenho que fazer um flashback.
Segundo o Google Tradutor, “flashback” é um “clarão para trás”. É um troço que interrompe a narrativa para trazer acontecimentos anteriores que iluminam certa faceta do personagem. Em roteiro, convém evitar. Numa autobiografia não-autorizada como esta, dane-se.
São dois os culpados que me afastaram do bom caminho: o Millôr e Ota. Malditos sejam!
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